quarta-feira, 5 de abril de 2017

MENOS DEZ MIL LEITOS



FERNANDO AZEVEDO

O dano provocado por pessoas que ocupam cargos sem a menor capacidade intelectual como foi o caso da inesquecível Dilma Roussef e seus asseclas, é assombroso e as notícias vão vindo à tona diariamente. Se a assistência médica no Brasil é uma lástima, a assistência médica à infância entra num buraco sem fundo. Sabe-se que a rede privada se interessa pouco pela infância, mas entende-se que quem monta um hospital não tem nenhum sentimento beneficente. O negócio é comercial e industrial, com máquinas que tem que trabalhar noite e dia, laboratório e equipamentos sofisticados e a criança não é o paciente ideal, a não ser em UTIs, berçários etc. A criança recupera-se rapidamente maioria das vezes e basta um exame clínico e poucos medicamentos para deixa-la pronta para outra trela. Os leitos hospitalares para crianças são proporcionalmente em pequena quantidade na rede privada e recebo constantes queixas de clientes que precisam de uma internação. A rede pública que posso dizer de cátedra que era de alto nível e muitos pacientes internei no Hospital Barão de Lucena e no Oswaldo Cruz, virou sucata. Vejo agora uma reportagem na televisão mostrando filas intermináveis para uma criança ser medicada, e dez mil leitos desapareceram no governo antológico da mulher mandioca sapiens. Muito triste entrevistas com mães que tem que ir para outras cidades à procura de uma internação para seu filho. Na minha vida acadêmica foi fundado o Departamento Estadual da Criança com atendimentos de urgência noite e dia e sedes em Afogados, Casa Amarela e Boa Vista que eram escolas de Medicina e padrão de atendimento médico para uma população. Nada de TV em quarto, só enfermarias, nenhum luxo, mas o básico para a cura de uma criança. Fiz minha Residência Médica no melhor hospital do Brasil e da América Latina, o Hospital dos Servidores do Estado, pertecente ao IPASE, e um padrão altíssimo de ensino e assistência pediátrica. Volto e surge o IMIP uma obra espetacular que está em grande dificuldade e trabalhei no Oswaldo Cruz e Barão de Lucena formando novos médicos dedicados à infância brasileira. Um belo trabalho. Os Professores de Educação Infantil também vão sumindo e aonde chegaremos sem educação e saúde num país? Nossa arma é essa: internet e o voto. Vamos denunciando sempre esses políticos salafrários que estão arruinando nosso país e provocando um verdadeiro êxodo de jovens qualificados que não vêm chance na sua pátria, na sua terra pela qual perdem o amor, sendo isso um fato grave. O tal do “cidadão do mundo” na minha visão não tem raízes nem amores. Gosto do cidadão de Casa Amarela, do Espinheiro e outros que valorizam o seu chão e que lutam para fertilizá-lo com boas práticas, o sertanejo que não abandona seu chão. Esses merecem o MUDA BRASIL para não mudarem-se do Brasil.


FERNANDO AZEVEDO

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