segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

CARANDIRU, MANAUS, RORAIMA, ANÍBAL BRUNO E OUTROS.



FERNANDO AZEVEDO 

A burrice de não querer ver a importância para uma nação da EDUCAÇÃO INFANTIL é a causa dessas tragédias que assombram o mundo e joga nosso conceito de país no fundo do poço de onde é difícil sair. A marginalidade aumenta a cada dia e pessoas são jogadas em prisões que as aperfeiçoam no mal. Um amontoado de seres humanos já desumanizados e que a cada dia se brutalizam mais pelo ócio nas cadeias onde nada fazem e nada aprendem para pelo menos gastar um tempo exercendo habilidades que possam ter. Investimento em prisões é rasgar o nosso parco dinheiro. Em Pernambuco duas parcerias público-privadas revelaram as maracutaias e o desperdício e vai ficando assim, e o pensamento parece que não muda em todo o país. Claro que o sistema prisional existe no mundo todo, mas quantas celas vazias estão à disposição e não encontram ocupantes nas nações de “primeiro mundo”? Em relação à EDUCAÇÃO qual o estímulo hoje para sensibilizar um jovem a ser professor. Não falo de salário que lógico que tem que ser atraente, mas as condições de trabalho não convidam e as crianças também não se interessam em frequenta-las pela falta de estímulo envolvendo a tríade família-professor-aluno. Os estudos provam que um cidadão é formado aos seis anos de idade. A intensidade do bem estar, alegria, amor, alimentação, saúde, deve ser riquíssima nesse curto espaço de vida. Formando esse alicerce o edifício cresce seguro. O que vemos é o total descaso e a ignorância que vai sendo acumulada para ser depois compensada com “cotas” para que atinjam a universidade. Demagogia pura e burrice de dar dó, pois os empregadores sejam públicos através de concursos ou privados se interessam pelos competentes e não incorporam esses doutores nos seus quadros. Não canso de citar o exemplo das crianças do Coque onde uma ciranda de mãos dadas e apertadas formada por juízes, músicos e Exército com seu quartel entregou ao mundo uma juventude limpa e profissionalizada. A falta de planejamento familiar nas populações pobres e promíscuas joga em cada bairro crianças sem afeto e sem horizontes. Vamos então prender mais gente, mas que se prendam com mais intensidade os responsáveis por esse horror chamado crime organizado que vai das mais baixas categorias intelectuais às mais altas e ai está a Lava Jato como exemplo. Podem argumentar: mas esses não receberam boa educação? Respondo seguramente que não. Não se educa com dinheiro e sim com exemplos e pequenas punições ao erro e desvio de conduta. Não sendo assim não se constrói uma sociedade.

Um comentário:

  1. Ótimo texto Dr. Fernando (pra variar - kkk). Devemos pensar sempre no ambiente macro, sem reduzir as causas e o debate das soluções. Parabéns!

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