LAS VEGAS

LAS VEGAS

FERNANDO AZEVEDO

“Vou danado pra Catende, vou danado pra Catende, vou danado pra Catende com vontade de

chegar” (Ascens0 Ferreira). Para Las Vegas a vontade de chegar é grande, mas tenha calma, vai

demorar. Fizemos a melhor opção. Copa Airlines, pois a American ou TAM nos levaria a Miami,

retirada de malas, hospedagem e retorno ao aeroporto para novo embarque. Assim pela Copa

voamos 7 horas, passamos duas horas em espera e novo voo de 7 horas até Las Vegas com

nossas bagagens retiradas no destino final, o que é um conforto. Somando tudo são19 horas,

pois chegamos 3 horas antes nos Guararapes. A bichinha é longe mas continuo dizendo que

vale à pena. Lógico que 40 anos depois encontro uma cidade completamente diferente, pois o

progresso não para. Hotéis espetaculares e vamos começar por eles. É importante você se

hospedar perto da Strip a rua eixo de Las Vegas, Seria comparativamente o nosso eixo

Guararapes-Conde da Boa Vista. Ficamos no Excalibur de excelente localização, gigantesco,

com um movimento intenso mas muito longe de ter o charme e a beleza dos hotéis Belagio,

Venetian, Paris,Wynn e outros ou muitos outros monumentais. É um novo conceito de hotel

pois há um complexo de restaurantes e lojas das mais famosas marcas de todos os artigos do

mundo. O que surpreende: a deselegância no vestuário que conheci em temos atrás. Antes

mulheres enjoiadas e homens de terno ou smoking e hoje a bermuda e a sandália em TODOS

OS HOTEIS. Realmente o mundo entregou-se ao brega e não há mais a elegância que a gente

vê na cerimonia do Oscar por exemplo. Outras duas coisas que não vi nas duas vezes que

estive aqui: crianças nos cassinos (são obrigadas a ficar distantes dos caça níqueis). Criança

antes não entrava e só no Circus Circus elas tinham vez  entretendo-se com atrações circenses

e os pais com as roletas. Outra coisa que observei á a OBESIDADE MÓRBIDA. Realmente chama

atenção. Las Vegas não para. Tem um trânsito organizado, ruas e avenidas e viadutos de

primeira qualidade e é fácil de dirigir com os GPSs da vida. Mas o bom é a pé, e alguns trechos

de taxi, acho mais pratico especialmente na minha idade. A cidade é cara com o dólar a 4 reais

mas conversei com vendedores brasileiros num shopping e eles disseram ao contrário. As

taxas em Las Vegas são menores e a moradia não é cara. Lógico que vale a opinião deles.

Restaurantes à vontade em qualquer hotel de luxo mas que tem praças de alimentação dentro

deles facilitando a vida do turista de menos recursos. Para que come Mac,menos problemas

ainda. Os shows abundam e ainda em grande cartaz David Coperfield que vi na segunda vez

que aqui estive. Dessa vez não poderia escapar o Grand Canyon que fiz por excursão mas que

os mais jovens podem numa boa irem de carro alugado. Cenário deslumbrante e na volta

conhecendo o lago da represa Hoover Dam com as águas do Rio Colorado entre Nevada e o

estado de Arizona. No ônibus da excursão iam sendo mostradas fases da construção da

represa que deixará Las Vegas uma cidade de deserto com água e verde abundante. Quanta

diferença! Como a principal motivação da viagem era a comemoração das Bodas de Ouro,

escolhemos o Hotel Paris que é fantástico e um restaurante maravilhoso, com todo o charme

europeu. Em seguida fomos conhecer a Old Las Vegas, onde tudo começou. Apesar da intensa

modernização da cidade a preservação do antigo está lá. A farra é geral. Bandas de rock na

rua, muita bebida e uma multidão. As ruas são exclusivas dos pedestres e cobertas com telas

de led com um visual fantástico. La se vê de tudo mas a polícia está próxima de tudo que

acontece. Nada que nos dê sensação de insegurança mas um ambiente totalmente diferente

da nova Las Vegas.  Hoje à noite, véspera da maratona da volta que terá” alguns quilômetros”

a mais iremos a um show para encerrar esses dias maravilhosos que aqui passamos. Reafirmo

que Las Vegas é um dos destinos turísticos do mundo. No meu caso é adeus , mas aconselho

muito conhece-la mas sempre na primavera ou outono e isso é muito importante para o bem

estar de umas férias. Tô voltando “ com vontade de chegar”