segunda-feira, 23 de novembro de 2015

MICROCEFALIAS

FERNANDO AZEVEDO

A saúde do Brasil é um caos e se antes atingia as classes mais pobres hoje se democratizou e a assistência médica é difícil, cara e ruim. O Ministério da Saúde, no entanto tem técnicos altamente capazes, assim como também os institutos de pesquisa. Estão acontecendo casos de microcefalia em recém-nascidos de Pernambuco (e nordeste). Não há ainda uma verdade sobre a causa, mas suspeita-se pelo estado endêmico com brotos epidêmicos, dos vírus responsáveis pela Dengue, Zyka e febre Chikungunya, doenças parecidas, mas que variam quanto à intensidade de sintomas e mortalidade cujo mosquito transmissor é o mesmo: Aedes Aegypti. Notícia recente atribui ao Zika vírus a causa por ter sido encontrado em dois resultados positivos na coleta de liquido amniótico de gestantes cuja ultrasonografia levantava a suspeita de microcefalia nos fetos. Esse mosquito veio para encontrar morada definitiva no Brasil, seu berço esplêndido pelas condições imutáveis de higiene apesar de todas as campanhas educativas. Culpa da população e governo federal estadual e municipal. Não tem um melhor que o outro. O futuro de uma criança microcefálica é de ruim a péssimo, pois não existe uma rede de apoio médica e paramédica para auxilia-la. Um pânico estabeleceu-se no NÃO ENGRAVIDAR até que se estabeleça a verdade sobre essas microcefalias. Também não é assim. A estatística é pequena em relação às crianças recém-nascidas normais e esse aconselhamento espalhado em jornais em entrevistas com médicos foi precipitado e sem base científica. A coisa fica um pouco paranoica. Um pré-natal bem acompanhado é necessário em todas as situações e no momento em particular e exames sorológicos podem ser feitos em alguns casos na pesquisa dessas e outras doenças. A maternidade é uma coisa desejada por muitas mulheres, é uma realização de um casal. Acontecimentos que interferem numa gestação são muitos e ninguém prevê nada. Tudo vai bem e de repente vai mal. São as surpresas naturais da vida. Dizem que “de boca de urna, boca de menino e barriga de mulher ninguém sabe o que vai sair” A expressão é muito antiga. Hoje já se sabe muita coisa sobre a barriga da mulher. A verdade continua, sobretudo em relação à boca de menino.

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