segunda-feira, 9 de novembro de 2015

BARÃO DE LUCENA E BARÃOZINHO

FERNANDO AZEVEDO

No dia 19/11 às 19 horas vou atender a um convite de ex-alunas do Barão de Lucena para uma cantoria no Manhattan às 19 horas, junto ao meu fiel escudeiro Claudio Almeida, violonista de primeira. Finalidade: confraternização de Pediatras e, sobretudo arrecadar dinheiro porque os médicos estão a fazer cotas para comprar gaze, esparadrapo, seringas etc. O Barãozinho é um clube de apoio para realizar algumas promoções para a pediatria do hospital, mas não para essa responsabilidade de comprar medicamentos ou equipamentos. Tenho pelo Barão de Lucena um amor histórico. Aquele belo hospital foi construído por usineiros de Pernambuco copiando a planta de um hospital americano. Meu primeiro emprego foi no Instituto dos Bancários e o 4º andar era arrendado ao Instituto para a obstetrícia. Lá nasceu minha primeira filha. Depois pelos rumos da vida, passei 25 anos trabalhando e fazendo parte da equipe de preceptores de Pediatria com uma equipe de colegas que tinham também o maior amor a esse trabalho. Formamos muitas gerações de Pediatras e estão eles hoje no comando. Foi um hospital de referência, o melhor do norte/nordeste do Brasil. Hoje faz parte do conjunto de hospitais que vivem à míngua, expondo vidas de pacientes aos perigos da má medicina e colegas à frustração de não poderem realizar o que aprenderam na sua formação. O Brasil vive o pior momento quer os meus 75 anos de vida presenciaram. Ladrões miseráveis roubam a gaze para um curativo, a lata de leite de um faminto, o analgésico para a dor física e moral do seu povo. Miseráveis! As pessoas de boa formação se afastam da política, da direção de um país e os ratos vão assumindo esses postos. Lamentável, mas como um patriota de formação, mantenho a chama acesa e a voz pronta para gritar se preciso, mas, sobretudo cantar ajudando e animando meus colegas do Barão a não desistirem nunca. Venceremos tenho certeza. A semente do bem tem que voltar a ser semeada. Esse será o nosso alimento.

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