segunda-feira, 8 de junho de 2015

A HORA DA REFEIÇÃO

FERNANDO AZEVEDO

Foi-se o tempo em que uma família sentava-se à mesa para uma refeição calma, botando a conversa em dia, comentando fatos, sabendo e comentando a vida dos filhos e vai por ai. O mundo mudou e não tem retorno. Pais ausentes nessas horas, almoçando pelos restaurantes perto do trabalho e depois de um trânsito infernal voltando para casa impacientes para tentar talvez no jantar se reunirem. As crianças com babás desinteressadas e ignorantes esse é o padrão. Tornam-se inapetentes ou de paladar caprichoso e repetitivo. Não tem exemplos e fast foods caseiros tipo mamadeiras resolem o problema e não chateiam as babás. Vem a queixa e solução através de remédios. Não tem solução. A criança desde cedo deve participar das refeições dos adultos que por sua vez tem que dar exemplos. Se os pais não tem hábito de comerem frutas, verduras, esperar o que das crianças? As refeições para crianças de creches e horário integral são mais variadas e orientadas sempre por nutricionistas, mas falta o estímulo e o exemplo, Os dois primeiros anos da criança são geralmente ótimos em relação ao apetite e aceitação de dieta. Após os dois anos há uma inapetência fisiológica, pois a velocidade de crescimento não exige tanto alimento e ai começam os problemas. Adulações e aviãozinho, TV, e outras artimanhas onde a criança engole o que lhe dão sem nenhum prazer. O problema está complicado e os vícios começam a fazer parte do cardápio geralmente com alimentos calóricos, “não saudáveis”. Mudar esse estilo é difícil porque a estrutura familiar não se recompõe nem no fim de semana onde com razão os pais precisam relaxar. A obesidade, a carência de ferro, de vitamina D e outros nutrientes causam realmente preocupação. Não culpem as crianças, pois o erro vem de cima.

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