segunda-feira, 1 de setembro de 2014

DE BEM COM VOCÊ, DE BEM COM VOCÊ...

FERNANDO AZEVEDO

Dorival Caymmi o grande baiano de tantas glórias brigou com sua Marina porque ela se pintou. Ficou de mal. Eu fico de bem com a nossa Marina e ela não pode pertencer a uma pessoa, pois pertence ao Brasil. Antes eu a via como a imagem midiática vendia: evangélica radical, e para mim pessoalmente, petista. Qual nada! Sua grandeza começa por ter nascido no Acre, região de maior pobreza do Brasil. Lá ela foi seringueira e empregada doméstica. Aprendeu a ler aos 17 anos e a partir daí tem uma ascensão intelectual impressionante tornando-se uma ambientalista respeitada no mundo. Necessariamente teria que entrar na política tornando-se deputada e senadora para com isso ter força para divulgar suas ideias e expor seu pensamento. Daí em diante não se pertencia mais. A porta do PT foi a que escolheu para entrar, mas nomeada Ministra do Meio Ambiente, cinco anos depois já se decepcionava passando a sensibilizar outras pessoas e fundando partido onde pudesse ter a força necessária para atingir objetivos. Falou que “perderia o pescoço mas não perderia o juízo”. A pequena mulher se agigantava acreditando num pensamento do médico e escritor Augusto Cury: “Quem vence sem riscos, sobe no pódio sem glória”. Ela correu todos os riscos e sua dignidade vinda de berço familiar associada à forte formação religiosa a afastou dos conchavos, mensalões, dinheiro em cuecas e em colchões indo de encontro ao ditado do “quem nunca come mel quando come se lambuza” tão aplicado a Lula e seus asseclas. Seu comportamento diante da morte de Eduardo Campos é imaculado. Em vida com todo o potencial que tinha aceitou a vice-presidência. Com a morte aguardou com a maior dignidade que o partido, (novata que era), decidisse seu destino. E aí está representando no palco principal do teatro político o papel de protagonista, de atriz principal, aquela que rouba a cena com sua performance. O Brasil precisa retomar sua dignidade em tudo. Em todas as áreas estamos no limbo. A educação, o caráter, o exemplo são postos de lado em tudo que vemos. Como fica a infância que vai sendo formada nesse ambiente? O Brasil acordou, não adianta mais sedá-lo. E despertou consciente e com uma arma infalível chamada VOTO. Não mata ninguém, mas tem uma força enorme num regime democrático e não tirano como o dos assassinos a quem petistas aliam-se pelo mundo. Realmente “não vamos desistir do Brasil” e vamos ter uma Presidente e não uma PresidANTA. Desculpe Aécio Neves, meu voto era seu, mas não é uma traição, é uma homenagem.

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