segunda-feira, 21 de outubro de 2013

A ESCOLHA DA ESCOLA

FERNANDO AZEVEDO

A Veja dessa semana vem abordando de forma interessante esse assunto e como está chegando o fim de ano vá pensando sobre isso, a matrícula do seu filho na escola. Um primeiro tópico a abordar é se a filosofia da escola está de acordo com seus valores familiares. Hoje com a internet e através de visitas e entrevistas pode-se ter um bom alcance do que pretendem pais e educadores levando sempre em consideração que seus pontos de vista não mudarão a orientação pedagógica, a proposta enfim da educação. Levar a criança para conhecer seu futuro ambiente é de estrema importância também, pois ali ela passará seu dia feliz ou infeliz. Vivo esse problema no consultório com crianças e adolescentes que não se sentem bem, mas são forçados a frequentar aquele ambiente hostil para eles. Maior parte dos pais enxergam somente o conteúdo e o sucesso da criança no vestibular. Eu sou mais abrangente quando vejo uma escola e acho que nela tem que haver o desenvolvimento da parte humanística e cultural estimulando o aluno o mais possível nas suas aptidões. Numa comunidade escolar estão os CDFs, os esportistas, os artistas nas diversas áreas e não se pode exigir que as características das crianças sejam iguais. O péssimo aluno de matemática pode ser um expoente em outra área de conhecimento isso tem que ser detectado. Se uma família não é religiosa por que colocar o filho numa escola que tenha a primeira comunhão? Vai haver constrangimento. Na própria família os filhos são diferentes e nem sempre dão certo no mesmo ambiente escolar. Falo com uma enorme experiência como pessoa, nesse assunto. Fiz um excelente curso primário numa escola encantadora chamada Instituto Recife. Lá aprendi toda a base que me serve até hoje. Depois vieram mais cinco, pois não me adaptava a nenhuma. Os professores gostavam de mim e lamentavam quando saia a pedidos. Era excelente em alguma áreas e péssimo em outras e não conseguia assistir essas aulas, razão de suspensões e expulsões e isso cria um conceito que lhe discrimina no primeiro dia da nova escola. Sempre fui do riso fácil, da brincadeira, da arte que não me deixavam exercer. Nunca quis saber para que serve o teorema de Pitágoras com todo respeito a ele. Jogava basquete principalmente, cantava, e isso era o que me fazia feliz e essa alegria permanece até hoje. Essa não conseguiram expulsar de mim.

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