terça-feira, 30 de abril de 2013

OS GÊMEOS


FERNANDO AZEVEDO

Como uma coisa puxa outra, escrevi sobre Planejamento familiar. Ai uma cliente me sugeriu escrever sobre o filho único e agora porque não falar dos gêmeos? Os gêmeos chamam a atenção da família e da sociedade em geral. Se são idênticos mais ainda. Fui muito amigo de dois com quem convivi muito e um deles meu compadre e uma deliciosa pessoa. Os dois eram tão idênticos que só um se associava ao Internacional, clube importante de anos passados. Entrava e passava a carteira por alguém para o outro. Até o plano de saúde era de um só e os dois usavam. Vejam o risco! Naquele tempo também a checagem não era tão detalhada como agora. O grande trabalho na diferenciação dos gêmeos começa em casa, entendendo e estabelecendo que ali estão duas , três pessoas parecidas fisicamente ou não, mas cada um com sua identidade. As personalidades são diferentes e devem ser respeitadas e não enquadradas numa conduta única. A forma de vestir, de cortar o cabelo etc. não tem que obedecer ao mesmo padrão. Se assim se procede há prejuízo. Os nomes também tem importância. Nada de José Paulo e Paulo José, João e Maria e por ai vai. Nas escolas se ficarem em classes separadas é legal, tudo para que a sociedade entenda que os pais não querem esse ser único. Com a técnica de implantação de óvulos fecundados, a gemelaridade aumentou e muito. Sempre entendi como um absurdo quádruplos, quíntuplos. Agora a implantação se resume a dois ou três óvulos, menos mal. Se criar um filho de cada vez da uma trabalheira, imagine gêmeos, mesmo que só dois. E as despesas? No início é aquele presentaço de fraldas, enxoval, brinquedos, roupinhas, mas depois as doações acabam. Esse é o fim do filme. 

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