terça-feira, 17 de julho de 2012

POSIÇÕES RADICAIS EM MEDICINA: Alopatia X Homeopatia

FERNANDO AZEVEDO

Há alguns anos atrás, uma avó que era senhora de engenho em Nazaré da Mata, perguntou-me: - Como é que o senhor trata asma? E naquele tempo os xaropes tinham muitos efeitos colaterais, usava-se adrenalina subcutânea, aminofilina, todas as drogas ruins, realmente uma droga. E ela me perguntou se conhecia CORONA BRANCA.  Até que já sabia da existência já que gosto de plantas, mas nada em relação à asma. Ela então ensinou-me  a colocar no quarto da criança, na mesa de cabeceira, um jarrinho com a corona. Como não sou radical em medicina, escolhi a dedo um paciente com o que se chama hoje asma grave. Houve realmente uma diminuição importante no número e intensidade das crises. Coincidentemente o pai era e é um grande professor de química e ele analisou a planta no Instituto de antibióticos e concluiu que ela exala um gás e ai estava a possibilidade da obtenção da melhora. Comecei a plantar corona no consultório e dava as mudas aos clientes e fiz isso por muito tempo. Como essas coisas se espalham lá vinham os comentários desfavoráveis e me senti como um curandeiro mal falado. Num colégio importante daqui um padre vendia um óleo de boto, coisa que sempre desaconselhei, pois não sabia que boto era esse. Vem a homeopatia e a briguinha se vale a pena ou não. Ora, uma ciência milenar como é a homeopatia não pode se desacreditada e às vezes se consegue excelentes resultados. Hoje realmente na alopatia a coisa mudou muito. Temos excelentes drogas, com raríssimos efeitos colaterais e conseguimos ótimos resultados também. Acho que todas as tentativas devem ser levadas em consideração menos o óleo do boto e similares que ninguém sabe o que é. Quando dava plantão em emergências do estado, até suspensões com querosene as mães davam. Então nada de radicalismo e podemos usar vários métodos. A aprendizagem de instrumentos de sopro é excelente para o trabalho pulmonar, a fisioterapia é extraordinária e o Pilates também. Esportes em geral e a natação em particular devem se associar ao tratamento e assim juntos vamos trabalhando sem pretensões de estar com a verdade e a vaidade de ter resultados fantásticos com seu método.

Um comentário:

  1. Muito bem colocado, meu caríssimo Dr. Fernando. Ainda me lembro que tive muitas crises de amigdalite e de garganta em geral, mas que, salvo muito me engane, fui sugerido a estudar música e, em especial, instrumentos de sopro, em minha infância, tendo aprendido a tocar flauta doce, piston e oboé. Claro que ganhei com respeito à cultura. Junto veio o solfejo, etc.

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