segunda-feira, 30 de julho de 2012

FÉRIAS E VIAGENS

FERNANDO AZEVEDO

Se férias não fossem necessárias não estaria no direito dos trabalhadores, escolares profissionais em geral. Lembro-me de como contava os dias que faltavam para goza-las no meu tempo de colégio. É necessário um período de repouso, de reflexão, para se retomar o caminho ou mesmo mudar de caminho, quem sabe. Como gozar as férias? Livre arbítrio. Estabeleceu-se que viagem é fundamental e talvez a primeira pergunta que se faça seja essa: Vai para onde nas férias? Eu sou do time dos que não vivem fazendo mala. Há um ano é que conheci a Europa, portanto não estou mentindo, e isso graças a um querido casal amigo, Fátima e Carlos Alberto que conhecem todos os continentes todos os países, todos os estados e não se conformavam com minha ignorância transoceânica. Só tenho a agradecer-lhes, mas Carlos Alberto que é meu colega de turma é quem providencia tudo, organizando desde roteiro a entrega em minha casa da moeda do país. A depender de mim não vou nem na agência. Estar em Paris, Lisboa, Madri, Barcelona e outros lugares é ótimo, mas chegar la é desanimador. Minhas pernas não cabem no avião, ficar 7 horas sentado, andar quilômetros de chão de aeroporto não me estimulam, mas se ele chamar eu vou de novo, pois não posso deixar de referir o prazer de estar com eles onde me puserem. Tenho família no Rio e em São Paulo. La eu posso adoecer, posso perder minha carteira (como perdi em Lisboa e que me foi restituída intacta pela policia) sem stress e não precisar de passaporte que fica permanentemente com minha esposa, pois na minha mão não merece confiança. No Brasil Márcia pode cair à vontade que se quebrar algum osso se conserta falando a mesma língua e logo voltaremos para casa, mas é diferente se cair no Porto onde graças a nossa experiência, eu puxei e Carlos Alberto colocou um dedo com luxação no seu devido lugar. Não tenho medo de dizer que tenho medo. Minha cidade, meu país é meu lugar. Minha casa me pertence, meu quarto é o meu quarto. Como me classificar: obtuso, ignorante, mente estreita, provinciano, matuto. Com qualquer adjetivo me sinto feliz. Vamos voltar ao trabalho.

Um comentário:

  1. querido doutor fernando, o senhor não é nem obtuso, nem ignorante, nem mente estreita, nem provinciano e nem tampouco matuto, o senhor é simplesmente um homem sincero, de alma doce, que cuida das crianças com carinho e dedicação e que não tem vergonha de contar pro mundo como se sente em relação a situações chatas como ficar apertado por horas em cadeiras de avião... os adjetivos que te cabem são os melhores, eu sou tua fã de carteirinha e prefiro mil vezes o senhor por aqui perto da gente! rssss, bjs e bem vindo de volta!

    ResponderExcluir