segunda-feira, 9 de abril de 2012

GÊNIOS DA MEDICINA


FERNANDO AZEVEDO 

 SÉRIE VACINAS –

 Vou abordar em blogs seguidos o tema vacinação. Explicar o esquema do programa nacional de imunizações, a sua importância, considerações sobre as vacinas públicas X clinicas privadas de imunizações, e vamos entender o início.

                               EDWARD JENNER (Berkeley- Inglaterra (1749-1823)- Aos 14 anos tornou-se aprendiz de cirurgião de seu povoado, deslocando-se depois para Londres. Em 1772 voltou para Berkeley, dedicando-se à Medicina. Em 1796 resolveu por a prova a sabedoria popular que dizia que quem lidava com gado não contraia Varíola. A partir de suas observações sobre a varíola bovina e seus efeitos nas mulheres que ordenhavam vacas ele conduziu sua primeira experiência com James Phipps, um menino de dois anos. Jenner o inoculou com o pus extraído das feridas das vacas contaminadas, tornando-o imune à varíola humana uma das doenças mais epidêmicas e mais mortais no mundo. Apresentou seu trabalho à Royal Society mas as provas que apresentou foram consideradas insuficientes. Ele realizou então novas inoculações em crianças inclusive no seu próprio filho . Em 1798 seu trabalho foi reconhecido e publicado. O nome VACINA vem do latim vacca que significa vaca e foi criado por Jenner. A varíola foi considerada erradicada do mundo em 1980

OSWALDO CRUZ –

Oswaldo Gonçalves da Cruz (São Luiz de Piratininga (1872) Petrópolis 1917).  Cientista,médico, bacteriologista,e sanitarista, pioneiro no estudo das doenças tropicais, Ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro com 15 anos e antes de concluir o curso já publicara dois artigos sobre microbiologia. Em 1896 viajou para Paris onde no Instituto Pasteur especializou-se em bacteriologia. Ao voltar para o Brasil encontrou o porto de Santos assolado por uma epidemia de peste bubônica. Para fabricar o soro antipestoso (a importação era caríssima e demorada) foi criado em 25 de Maio de 1900 o Instituto Soroterápico Federal, instalado na antiga fazenda Manguinhos (hoje Instituto Oswaldo Cruz) assumindo a direção técnica. Dois anos depois era o Diretor e em 1903 foi nomeado Diretor Geral de Saúde Pública do Rio de Janeiro. Em pouco tempo conseguiu debelar a peste bubônica através do extermínio dos ratos cujas pulgas transmitiam a doença. O combate à Febre Amarela outra doença endêmica e epidêmica também foi difícil, pois a maioria dos médicos acreditava que a doença seria transmitida pelo contato com suor, roupas,  sangue e outras secreções . Oswaldo Cruz defendia a tese da transmissão através de um mosquito. Suspendeu as desinfecções e criou a polícia sanitária e as brigadas de mata-mosquitos, percorrendo casa e ruas eliminando os focos de insetos e evitando as águas estagnadas (mesmo raciocínio em relação ao Dengue). Sua atuação provocou uma violenta reação popular, sobretudo de políticos e militares. Em 1904 a oposição a Oswaldo Cruz atingiu o ápice. Com o recrudescimento de surto de Febre amarela o sanitarista tentou promover a vacinação em massa da população. O Congresso protestou e foi formada uma Liga contra a vacinação Obrigatória. No dia 13 de Novembro estourou a rebelião popular e a Escola Militar da Praia Vermelha se levantou. O governo derrotou a rebelião mas suspendeu a obrigatoriedade da vacina. Contudo ele acabou vencendo a batalha. Em 1907 a Febre Amarela estava erradicada do Rio de Janeiro. Recebeu prêmios internacionais pela sua obra. Transferiu-se para Petrópolis onde foi Prefeito e lá morreu aos 45 anos de insuficiência renal.

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