segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A ARTE NA MEDICINA

A ARTE NA MEDICINA

FERNANDO AZEVEDO

“A arte na medicina às vezes cura, muitas vezes alivia, mas sempre consola” esse é o programa fundado pelo colega Paulo Barreto Campello no Hospital Osvaldo Cruz e que tenho o prazer de ser um dos participantes. Com a música vamos alegrando e descontraindo crianças e adultos que sofrem com a monotonia e a tristeza de uma internação. O programa hoje se estendeu muito e já abrange outras artes no processo de humanização da medicina. Há alguns oito anos atrás, (sou ruim de datas) fizemos na Bahia 2 Congressos e fundamos a Sociedade Brasileira de Medicina e Arte. Gilberto Gil  era o ministro da cultura e como artista e bom baiano facilitou tudo. Hoje os congressos médicos dependem de patrocinadores, e que patrocinadores! Nós não temos nenhum poder para arrecadar e ficou impossível realizá-los. A verba sempre falta para coisas dessa importância. Mantemos no entanto até hoje a Orquestra de Médicos do Recife e somos chamados para fazer abertura de congressos e outros eventos como recentemente no Clube Português em 3 ocasiões festivas. Bota aplauso nisso. Quem quiser contratar é só entrar em contato e ninguém quer ganhar dinheiro. É só curtição mesmo, mas lógico que tem uma taxa para pagarmos estúdio de ensaio, som etc. Há muito tempo atrás tentei ser músicoterapeuta. Assisti a uma sessão na ABBR no Rio de Janeiro e fiquei encantado. A graduação, no entanto era de 4 anos e só havia faculdades no Rio, São Paulo e Paraná. Impossível. Desisti da idéia, mas não de interessar-me pela ciência. A primeira referência sobre a influência da música é bíblica “quando o mau espírito de Deus se apoderava de Saul, David tomava a harpa, a tocava, e Saul se acalmava e sentia-se melhor e o espírito mau afastava-se dele..”. São muito interessantes os estudos sobre isso, mas não pensem que música pode ser aplicada de qualquer forma. Tem que se fazer uma anamnese perfeita para sua aplicação. É uma CIÊNCIA. Da mesma forma que cura pode matar. Seria meu caso se profundamente doente tentassem me recuperar com um disco de Chitãozinho e Chororó. Óbito na hora.

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