segunda-feira, 19 de setembro de 2011

PILATES

PILATES

FERNANDO AZEVEDO

Há mais de dois anos pratico o Pilates. Quando fiz a primeira aula questionei a Fisioterapeuta se no curso de especialização ela recebia indicações pára aplicação do método em asmáticos. Resposta negativa. Falei então que tudo que eu estava fazendo era o que um asmático precisava. Como sou curioso mesmo fui ao pai dos burros o Google e digitei: ASMA E PILATES. Encontrei a resposta. Joseph Hubertus Pilates nasceu na Alemanha em 1880. Na infância teve asma, raquitismo, febre reumática. Desde a adolescência estudou anatomia, fisiologia e cinesiologia do corpo humano para melhorar sua qualidade de vida. Em 1912 mudou-se para a Inglaterra ganhando a vida como boxeador, artista circense e treinador de técnicas de defesa pessoal. Durante a primeira guerra mundial foi recolhido a um campo de prisioneiros e passou a dar treinamento aos internos do campo e ai nasceu o método Pilates. Mudou-se depois para Nova York onde fundou sua academia com alunos bailarinos, artistas que precisavam de alta performance física. Criou seus aparelhos e viveu saudavelmente morrendo aos 87 anos.
Baseado nisso consegui que três asmáticos graves que tratava, passassem a fazer os exercícios e os resultados foram ótimos. Pedia a Professora que quando acabasse me avisasse para ir auscultá-los e o exame era sempre bom. Infelizmente todos três abandonaram porque há a cultura sempre do mais fácil. Usar a “bombinha”, fazer nebulizações etc. Fazer uma forcinha ninguém quer.  E conscientizar crianças e adolescentes para o Pilates que não deixa de ser monótono é meio complicado
O paciente com asma tem hoje uma série de medicamentos preventivos  que realmente melhoram muito sua qualidade respiratória. Diferente e muito de quando comecei medicina onde a gente tratava uma crise com péssimos medicamentos e esperava a próxima. Muitos morreram no mundo e morrem até hoje por asma.
As práticas esportivas são muito boas e a natação é tida como a melhor, mas qualquer esporte bem feito melhora muito a função pulmonar, mas isso tem que ser um trabalho conjunto entre médico, professor de Educação Física e o atleta.

Chamo a atenção, no entanto para a maravilha que é o Pilates do qual sou dependente para agüentar a luta diária do senta/levanta/carrega menino. Bola? Tô fora. Já fui um bom atleta e bastam as fotos para lembrar essa época. 

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